Serve o presente post para partilhar aquela sensação que muitos de nós temos durante actividades festivas de grandes massas (e não só) que é: Faltou tanto para fazer....
É um facto que todos nós aproveitamos da forma que nos parece melhor certas actividades. Dando o exemplo de uma queima (pelo título, isto foi uma autentica surpresa) há quem prefira só recinto desde bem cedo, há quem prefira portagem toda a noite, há quem só goste dos jantares preenchidos com vinho e espírito académico, há quem se deslumbre com todas as actividades referentes à Queima das Fitas (sim... não são só as noites, cortejo, bailes e garraiada), há quem adore ir para o NB pois aquilo esta mais calmo, há prefira estar em casa a jogar W.O.W., enfim...
Cada um com sua pancada...
Quanto a mim não me perguntem pois não saberei traçar um perfil próprio.... Eu cá gosto de tudo desde que seja lá perto! O que é mau!
Pode parecer bom no sentido de: "Ah e tal, é versátil e assim até fica contente com qualquer programa desde que seja animado!". E é um facto mas, como tudo, há o lado negativo da coisa....
É tudo muito bonito, mas quando se gosta de tudo, automaticamente vamos fazer um esforço para fazer o maior numero de actividades possível! O que em actividades de calibre elevado, torna-se chato!
Dai na verdade não será bem o "eu gosto de tudo", mas sim algo que ainda não percebi bem!
Vou ver se dou com ela...
Quem é que nunca esteve num jantar na baixa no dia em que um amigo lhe pediu para ir ver um concerto com ele visto sermos uns corações moles nunca dizermos não e o facto de ninguém entrar no recinto antes da 3!
Recebemos aquele telefonema que tínhamos esperança que fosse esquecido, à meia-noite do tal amigo. É a nossa resposta é sempre a mesma:
"Epah, estou mesmo a sair do jantar! É só passar na portagem para dar um abraço a uma malta e vou já ter contigo! Vai entrando e pedindo um pack!"
Queima atrás de queima damos sempre as mesmas mentiras.... Não têm nada de intencional, mas lá no fundo sabemos que não vai ser possível!
Pois só saímos do restaurante bastante depois da uma da manhã. Depois seguem as conversas à porta e o ir ajudar o amigo a vomitar! Se estivermos com sorte, não vamos levar ninguém a casa...
Lá são duas da manhã e começamos a longa jornada até à portagem! Longa porque sabemos como é difícil o caminho (na situação descrita) desde o Espanhol ate o Aeminium (nomes exemplo). Ora é alguém que passou, ora é o nosso estômago que diz para abrandar o passo mas sem nunca parar, ou é aquele telefonema que nos vai fazer subir o quebra-costas... São um sem fim de possibilidades que dificultam a nossa noite que apenas tem o objectivo de nos divertirmos um bocado.
Assim que chegamos à tão difícil portagem, somos deparados com o telefonema do tal amigo que quer ir ver o concerto. Estamos alcoolicamente alterados, mas nada dificulta a compreensão da voz dele amarga de quem esteve sozinho (nunca é sozinho, mas pode ser com pessoal que deixa aquela sensação de "não eram bem estes gajos com quem eu queria estar...") a beber um pack de cervejas e a ver uma actuação de quem até nem ligava muito mas que ia ver só pelo combinado.
Lá volta a nossa capacidade de dizer sempre o mesmo quando ambos sabem que nada daquilo vai acontecer:
"Epah, nem te passa! Tive uns problemas à saída do restaurante. Foi uma cena... Desculpa mesmo! Mas eu depois explico-te! Olha, cheguei à portagem, só ver se vejo aqui um pessoal para dar um abraço e vou já prai! Tas com pessoal não tás? É que se tiveres sozinho corro já prai!!"
Eis que o nosso amigo simpaticamente e seguido de um ligeiro tom de arrependimento diz-nos:
"Não é preciso vires a correr, encontrei aqui uns colegas com quem vi o concerto. Mas despacha-te pah...."
Olhamos para o relógio e são 3 da manha. Como acto lúcido pensamos para nós mesmo: "Fogo, é bué cedo para ir lá para dentro.... Este gajo tá doido!!!"
A partir deste ponto, entramos em declínio total...
Quando tiver outra diarreia mental, escrevo a parte 2 que isto assim fica cheio de mais! ;)
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